O Atelier Tapir Arte Cerâmica localiza-se num espaço harmonioso e aconchegante de 200 m2 rodeado de um belísssimo jardim-arte, numa rua tranquila no bairro do Butantã, em São Paulo.
Dirigido pela ceramista Sirlene Giannotti, é destinado a diversos públicos que desejam vivenciar os processos de criação em arte cerâmica através da modelagem em argila. Prezamos o encontro entre as mãos e o barro, entre a intenção e o gesto, entre a vontade e a realização, entre o projeto e o acaso.
Novas peças são constantemente criadas por Sirlene Gianotti e seus convidados: artigos utilitários, peças de decoração e paisagismo.
Acompanhe nossa agenda e saiba mais sobre cursos, workshops e queimas especiais.
Sirlene Giannotti
Sirlene Giannotti é antropóloga, possui graduação em Ciências Sociais pela PUC de São Paulo (1988), é Mestre em Educação pela USP (2008), tendo desenvolvido pesquisa sobre o papel das linguagens ludico-expressivas da arte para a infância. É também Geógrafa pela USP (1991), área na qual obteve licenciatura (1993). Atua em cursos de formação e capacitação de educadores na área de arte educação desde 1997.
Desde 2011 integra o Grupo Multidisciplinar de Estudo e Pesquisa em Arte e Educação do Departamento de Artes Plásticas da ECA / USP e compõe o corpo docente do Curso de Especialização em Educação Lúdica no Instituto Superior de Educação Vera Cruz.
Em 2016 ocupará o cargo de coordenadora de conteúdos no Projeto Aprendendo com Arte no Instituto IOSCHP.
É ceramista desde menina, quando no campinho do fim da vila onde morava, foi batizada na lama que ali restou depois de uma chuva de verão. De lá pra cá nunca deixou de fazer potes, xícaras, tigelas, jarros, esculturas de bichos e móbiles, brinquedos que hoje ela chama de trabalho.
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Tapir quer dizer anta, na língua tupi. “A anta está presente na mitologia de várias tribos indígenas brasileiras. Para os Assurini do alto Xingú, foi esse animal que amassou o barro do fundo dos lagos trazendo-o para fora, criando a terra sólida para que outros animais pudessem sair das águas e tornar-se terrestres, mamíferos, humanos.” (Gabbai,M)
O processo de criação em argila ensina que o compromisso, a qualidade da presença, a intimidade com a matéria, o rigor, a persistência e a fidelidade aos seus devaneios é o que qualifica um bom trabalho. Assim, com tempo e espaço para criar, vemos a autoria se expressar.
Esculturas, potes, instrumentos musicais, peças decorativas e paisagísticas. O Atelier Tapir Arte Cerâmica acolheu projetos em todos os territórios, sem nos preocuparmos com as fronteiras entre o artístico, o artesanal, o figurativo e o poético.
Para Ana Angélica Albano, um atelier é "refúgio e campo de batalha, ao mesmo tempo, onde o artista se recolhe e se enfrenta, confrontando os deuses e os demônios da criação, o atelier é o espaço do encontro. Encontro consigo mesmo, com os próprios desígnios, com a linguagem, o atelier é também espaço de encontro com o outro e a possibilidade de troca, porque tão habitado de fantasia".
São quase 20 anos de existência do Atelier e, sob a orientação de Sirlene Gianotti, já passaram por aqui muitos aprendizes, grupos de crianças em projetos escolares ou em cursos de férias, turmas de universitários de diferentes disciplinas, além de pessoas que participaram dos muitos workshops e cursos regulares do atelier.
Desde 1999, os alunos podem trilhar suas buscas expressivas criando as formas que desejam e necessitam configurar. Participam de turmas onde crianças, adultos e idosos estabelecem trocas intensas com absoluto respeito aos ritmos e interesses pessoais. Os alunos desfrutam dos equipamentos e ferramentas do atelier em uma atmosfera de confiança, liberdade e estímulo aos seus objetivos.
O Atelier Tapir Arte Cerâmica é o espaço de criação de Sirlene Giannotti que desenvolve seu trabalho pessoal tanto em peças utilitárias quanto em esculturas, móbiles, bonecos, etc... Brinquedos que ela chama de trabalho, cuja ludicidade é a qualidade que o permeia. Sirlene nos propõe brinquedos úteis e inutilidades essenciais quando cria espremedores de frutas, bules e xícaras, cumbucas, pratos, vasos, móbiles, bonecas, "varal de roupa", entre outros objetos.
Sirlene foi, desde 1989, e sempre será, aprendiz de cerâmica. Seus primeiros passos foram orientados por Sandra Bernardini, depois Cinthia Gavião e Frieda Duriam.
"Mestres também foram todas as crianças para as quais orientei oficinas de arte cerâmica por 10 anos; elas me ensinaram o atrevimento, a fluidez, o despojamento, a inventividade, a investigação e sobretudo que o fazer expressivo reflete a busca humana por formar-se.
Interessa-me a arte como processo existencial" (Sirlene Gianotti)
Criar possibilita reconhecer-se. A argila jamais nos engana sobre nossas próprias forças, esforços e gestos. Para criar é preciso tornar-se íntimo com a matéria. E isto leva tempo. O Atelier oferece espaço e tempo onde as mãos vão aprender a fabular.